terça-feira, 26 de maio de 2009

Artigo Direitos Humanos



Informar, noticiar, falar a verdade, persuadir não são as únicas coisas que um profissional de comunicação social pode fazer. Hoje precisamos que as pessoas entendam o verdadeiro significado da expressão “Direitos Humanos”. E sabemos que pessoas qualificadas para dizê-lo existem. Os profissionais de comunicação social. Os Direitos Humanos são direitos da pessoa humana. Esses direitos são considerados essenciais para que o cidadão se desenvolva e participe ativamente da vida. Não há um direito mais importante que o outro. É o conjunto desses direitos que fazem com que cada cidadão viva respeitando as diferenças. Para que se promova uma vida em sociedade é necessário que se respeite os Direitos Humanos. Dentro dos direitos humanos há a responsabilidade social. Ela baseia-se no fato de que todo o indivíduo tem obrigações para com a sociedade. Analisando no âmbito do jornalismo surgiu após o fim da Segunda Guerra Mundial devido às grandes críticas que vinham surgindo contra a mídia. Uma comissão formada a partir do trabalho e da presidência do então reitor da Universidade de Chicago, Robert M. – “A free and responsible press” (Uma imprensa livre e responsável) tinha como objetivo central definir as funções da mídia na sociedade moderna. Tal necessidade ocorreu em função da doutrina liberal que até então era exercida sem que houvesse responsabilidades no que era passado. Essa responsabilidade foi introduzida através de códigos de auto-regulação estabelecidos para o comportamento de jornalistas e de setores como rádio e televisão. Possuir liberdade para se expressar é primordial para o exercício da profissão do comunicador social. Tal liberdade implica em responsabilidades sociais, pois a mídia pode exercer forte poder manipulativo sobre a massa. Tanto no aspecto positivo quanto no negativo, a imprensa pode influenciar no viver das pessoas. Usar a palavra para noticiar algo ocorrido pode parecer fácil, mas, mesmo sendo, sabemos que agora o mais importante é falar de assuntos que atinjam a sociedade de tal forma que todos pensem o quanto o respeito às diferenças é tão importante hoje em dia. O comunicador social já tem a formação necessária para fazer isso. E o papel dele é tão importante como o de um médico na sala de cirurgia. É fazer a operação correta para que não se perca um paciente.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Flávia Lages, Patrícia Bragança (entrevistada), Cinthia Lopes e Rayssa Lobato

Entrevista com um profissional Publicitário


Como funciona seu dia- a-dia de um publicitário?


Eu já vivi os dois lados da publicidade que é trabalhar em agência e ser o cliente, o dia-a-dia de agencia é muito divertido porque é um ambiente diferente e a maioria dos publicitários são muito criativos, são pessoas com um comportamento diferente dos padrões, não tem muita pressão, não tem muito horário para trabalhar fixo. Se você é um profissional de criação, por exemplo, ficar oito horas em uma mesa muitas vezes não adianta, porque não necessariamente vai surgir à melhor idéia, é mais inspiração, ir pra casa pensar e voltar no dia seguinte com idéias novas. Se for outra função dentro de uma agência, como fazer um plano de mídia, um planejamento, é mais pesquisar, observar o que acontece no mercado.

Ser cliente teoricamente parece mais fácil, mas a responsabilidade é muito maior, porque, quando a agência entrega a criação para o cliente aprovar, ele tem que ter o conhecimento de todos os processos para saber se aquele conteúdo de criação está adequado, você transfere um pouco da responsabilidade, da confiança para a agência, mas é o cliente que aprova então o peso e a responsabilidade são maiores, o cliente deve saber receber um trabalho e aprovar. Tem que saber argumentar e defender para devolver a agência, até chegar um resultado final satisfatório. O cliente já tem um horário estabelecido de trabalho. [risos]


Como é hoje o papel do CONAR na regulamentação do exercício da profissão de publicitário?


O CONAR é um órgão regulamentador que é importante porque define determinadas regras que impede alguns abusos. Hoje a maioria das propagandas são ousadas de certa forma elas “cutucam” o concorrente, tem o papel de fazer um produto destacar mais do que o outro então muitos profissionais e agências utilizam o caminho de sujar uma imagem para tentar limpar à outra. O CONAR é uma segurança, é um órgão que você pode recorrer caso você chegue à conclusão que o seu concorrente está invadindo o seu espaço, então é bem importante.


Você acredita que exista hoje algum excesso legal que limita a liberdade de expressão/ criação do publicitário?


A publicidade exerce influencia sobre as pessoas. Hoje por exemplo uma questão que é muito discutida pé você fazer anúncios em televisão para crianças, um anunciante, por exemplo, que faz uma propaganda direcionada para uma criança só que naquele momento o objetivo do anúncio é a venda e não é medido o impacto que é gerado, então imagina uma criança que tem uma família que não tem condição econômica pra prover a criança daquele produto ou então o pai que não permita que o filho brinque com arminhas, espadas, o pai tem que lutar contra o fabricante, então algumas sanções são necessárias como forma impedir que aconteça esses abusos. O consumo pode ser uma coisa saudável, como pode se tornar uma doença, as pessoas são motivadas pela publicidade a realizar uma compra. Se você pensar na propaganda subliminar, por exemplo, que foram feitos estudos constando que atinge diretamente o inconsciente, um tipo de hipnose, se você não tem órgãos que apliquem sanções, se fosse tudo liberado como isso atingiria as pessoas? . A publicidade tem um grande poder influenciador e ela existe mesmo pra isso, para provocar o desejo e estimular o consumo.


Qualquer profissional de outras áreas pode exercer a profissão de publicitário hoje, você acredita que o diploma deve ser obrigatório para o exercício da profissão?


Ontem mesmo eu fui a uma premiação da ABAP, que é a Associação Brasileira de Agências de Publicidade e, eles estão lutando muito pela profissionalização do setor e das agencias. O Semp que é o órgão fiscalizador de mídia está lutando contra as agências oferecerem descontos de mídias para clientes, isso é muito importante para deixar o meio publicitário o mais “transparente” possível. Assim como é preciso se formar em medicina para exercer a profissão, porque se não corre o risco de matar o paciente a publicidade é a mesma coisa, se alguém começar a fazer publicidade porque acha que é só criar e não tem uma noção sobre o poder que a publicidade tem de influenciar as pessoas, não tem um conhecimento das leis que regulam eu vejo como o engenheiro que constrói o prédio, mas não faz os cálculos da edificação corretamente. Parece fácil ser publicitário, mas se o profissional oferecer uma mídia para um cliente sem saber o que buscar ele joga o dinheiro do cliente fora

Então eu acho que o diploma é sim necessário, e acredito que é função também dos anunciantes e dos clientes buscar essa profissionalização nas agências e sem dúvidas a profissão deve ser regularizada ter sindicato e tudo mais.

E como está o mercado de trabalho para o publicitário hoje?


Quando se forma em publicidade existem alguns caminhos que se pode escolher, você pode trabalhar em veículo, empresa, agência, pode vender anúncios, então o campo não é pequeno, mas realmente como em toda profissão quem se destaca são os melhores. E como é que se forma um bom profissional hoje? Quando a pessoa esta na faculdade ela tem que buscar um estágio na área, por mais que ele não seja bem remunerado o Call Center, por exemplo, utilizava muito estagiário de comunicação, mas o que o estudante esta aprendendo ali? Que futuro ele tem?

É muito comum ter o estágio não remunerado, é claro que o estudante precisa do dinheiro, talvez até para pagar a faculdade, mas é esse tipo de estágio que talvez vá garantir a entrada dele no mercado de trabalho.

Ontem no evento da ABAP eu vi o resgate do mercado mineiro porque depois dos escândalos da DNA Propaganda, do mensalão os clientes saíram de Minas foram para São Paulo buscaram as agências de São Paulo, então o plano de mídia era todo fechado em SP, isso fez o mercado mineiro da uma retraída, só que agora o movimento esta sendo de recuperação os clientes estão voltando para MG. Ontem escutava o Presidente de a Abrap dizer “que a propaganda mineira tem muito valor, os profissionais daqui são reconhecido através de prêmios”. O mercado ta crescendo muito, para mim hoje que sou cliente o que eu vejo é cada vez mais diferentes veículos de comunicação surgindo, diferentes tipo de mídia, todo ano surge uma nova mídia. Ninguém cresce sem anunciar, por trás de uma nova loja, de uma nova empresa ,de um novo escritório tem um profissional de publicidade seja elaborando a comunicação interna, a logomarca, a mídia ou a propaganda.


Como funciona o trabalho dos profissionais de comunicação aqui no FCC?


Aqui no FCC a gente utiliza todas as ferramentas de comunicação, mas o que a gente faz é um pouco diferente é o “fund recourses” (mobilização de recursos), que no Brasil não é muito utilizado, mas nos utilizamos o Marketing direto, nessa busca de parcerias a gente acaba usando todos os recursos da comunicação, hoje nos estamos bem estruturados porque temos profissionais de R.P, de jornalismo e de publicidade, nos temos um departamento de comunicação bem estruturado, e fazemos uso de acordo com a necessidade de cada campanha ou de cada produto que a gente cria ou busca para captar recursos.


Como funciona o papel do publicitário de influenciar pessoas dentro do FCC?


O FCC como qualquer Organização Não Governamental (ONG) é sustentado pelo aporte de recursos, seja por pessoa física , empresas ou pelo poder público. O FCC prefere trabalhar em sua maioria com pessoa física que é para quem ele sabe melhor prestar conta do que ele faz, então quando ele decide correr atrás da pessoa física o ticket médio de arrecadação é muito baixo no Brasil a ação social é muito assistencialista e o FCC não trabalha dessa forma porque o objetivo dele é desenvolver comunidades e crianças, então a gente tem o papel de fazer uma mudança na cultura, imagina o que é você mudar a cultura de um país, não é tão simples. Hoje, nós estamos juntos com mais seis grandes organizações mundiais e o nosso objetivo é fazer campanhas publicitárias com o simples objetivo de introduzir a cultura da doação regular, mostrar o quanto ela é importante porque eu preciso talvez mais do dinheiro da pessoa do que da doação assistencialista, o dinheiro eu contrato um profissional que vai desenvolver essa comunidade o assistencialismo resolve o problema imediato e naquele momento. Talvez um dos papeis mais importantes da comunicação do FCC é criar essa cultura.




Frases Marcantes da Entrevista


“A publicidade tem um grande poder influenciador e ela existe mesmo pra isso, para provocar desejo e estimular o consumo.”


"hoje nos estamos bem estruturados porque temos profissionais de R.P, de jornalismo e de publicidade, nos temos um departamento de comunicação bem estruturado"

Parece fácil ser publicitário, mas se o profissional oferecer uma mídia para um cliente sem saber o que buscar ele joga o dinheiro do cliente fora.”



Informações do Entrevistado

Rodrigo Humberto Leite

Graduado em Publicidade e Propaganda

UNI-BH 2000

Pós-graduação em Marketing

UNI-BH

Atualmente é Marketing and Fundraising Coordinator

(Coordenador de Marketing e Mobilização de Recursos)

no Fundo Cristão para Crianças do Brasil - FCC

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Entrevista com um profissional de Relações Públicas

ATIVIDADE COM O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

Como é a rotina de um profissional de Relações Públicas?
É “pauleira”. Comunicação é correria mesmo. O profissional em relações públicas tem que ter uma visão holística da organização. Não pode olhar apenas em uma direção. Tem também que conhecer o seu público interno, ter um relacionamento com a comunidade, com o governo. É necessário potencializar esses relacionamentos. Uma característica interessante do terceiro setor é que só agora as organizações estão potencializando o trabalho do Relações Públicas. Ele sempre ocorreu, mas de forma amadora. A comunicação é um processo integrado e deve ser feito por quem entende.

Como você encara o fato de profissionais de outras áreas exercerem o papel do Relações Públicas?
Há outros profissionais que teoricamente fazem o trabalho e muito bem. Jornalistas, por exemplo, fazem o trabalho. Mas é necessário entender que não são apenas textos, são estratégias. Eu vejo que funciona mais como um complemento. Por exemplo, recentemente li um artigo falando que as empresas criam blogs e que as pessoas expõem nele suas opiniões sobre os produtos. Quem pode monitorar essa relação do público com o negócio é o profissional de RP.

Então você acredita que seja realmente necessário o diploma para o exercício da profissão?
Acredito que sim, pois no curso há disciplinas especificas que fará ter um olhar diferenciado sobre os assuntos. Há uma grande diferença entre o que muita gente pensa ser um RP e o que realmente é. Para fazer cerimonial e eventos, realmente não é necessário um diploma, mas colocar essas pessoas em uma empresa para desenvolver o papel de Relações Públicas, é complicado. É claro que há pessoas que já estão muito tempo em uma organização e, por conhecê-la, desenvolve muito bem o papel, mesmo não sendo formado na área.
Nas últimas décadas a profissão de Relações Públicas obteve uma ascensão muito grande porque o mercado de trabalho ainda é tão restrito?

A grande questão é o desconhecimento do que faz a profissão. Isso ainda é uma mística pra muitas pessoas. Na medida em que se entra em uma organização e se tem capacitação técnica e que se começa a identificar problemas que não eram identificados e as pessoas começam a propor soluções para essas questões é a máxima do curso. Pequenas, médias e grandes empresas, muitas vezes, não têm a visão da importância da comunicação. A partir do momento que o profissional conquista seu campo e consegue propor soluções e mostrar resultados, as pessoas demandam mais do seu trabalho. É um espaço que deve ser conquistado.

É fundamental a existência da integração entre os profissionais de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade ?

Com certeza. Comunicação não é só informar. O texto pode ser maravilhoso, mas se você quiser, por exemplo, uma mudança de comportamento, só o texto não será suficiente. Deve vir junto de ações que o complementem

A profissão do Relações Públicas teve sua ascensão no mesmo período que o surgimento da internet. Como você vê o casamento relações públicas/web? Acha que muda muita coisa?
Muda muita coisa. Quando se coloca, por exemplo, a empresa na rede virtual, você não tem noção do boca-a-boca, dos comentários em relação ao produto. O papel do Relações Públicas é monitorar essas opiniões que são colocadas ali, analisar este contexto e propor ações para melhora da imagem do produto. Jornalista, por exemplo, é um público forte, pois é formador de opinião. É interessante ver como o público percebe seu produto.

Com relação ao Conrerp qual é a importância dele na regulamentação do exercício da profissão ? Uma das resoluções do Conrerp diz que o profissional de R.P baseia seu trabalho aos princípios da “Declaração dos Direitos do Homem” como é que você encara essa questão trabalhando em uma ONG ?
O CONREP é um órgão fiscalizador da profissão. Em MG ele tem, em minha opinião, se fortalecido com palestras, debate. É necessário ainda agrupar mais os profissionais e se desenvolver. Quanto à Declaração dos Direitos do Homem a minha história de vida já me leva para esse caminho. Trabalhar em uma profissão que é regida por esse princípio e trabalhar ainda numa causa em favor do próximo é muita responsabilidade, não só técnica e financeira, mas impacta na vida, na comunidade. É algo realizador!

Sobre à Entrevistada :
Patrícia Bragança de Souza Santos formou-se em 2005 no curso de Relações Públicas pela faculdade Una e, desde então, trabalha no Fundo Cristão para Crianças.
Sobre o Fundo Cristão para Crianças :
Há 40 anos no Brasil atualmente , o Fundo Cristão para Crianças faz parte de uma aliança global de combate à pobreza que está presente em 31 países , onde cerca de 13,2 milhões de pessoas a partir de convênios com mais de 900 entidades.


Frases Marcantes da entrevista
O Profissional de Relações Públicas tem que ter uma visão holística da organização
O R.P deve conhecer seus públicos e, deve ter uma visão direcionada para analisar os relacionamentos com seu público para potencializá-lo.
A comunicação deve ser integrada.
Oportunidade tem você deve criar o seu espaço.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Entrevista com Laudívio Carvalho-Rádio Itatiaia.

Trabalho referente a disciplina Estudos Interdisciplinares da Comunicação, parte semi-presencial.

Entrevista com Laudívio Carvalho:

Parte 1:




Parte 2:

Bastidores do programa "Itatiaia Patrulha"

Vídeo com bastidores do programa Itatiaia Patrulha, do dia 16/04/09:

Perfil do entrevistado: Laudívio Carvalho-Rádio Itatiaia

Laudívio Carvalho
Repórter e comunicador da Itatiaia desde 1980. Iniciou sua carreira em Montes Claros em 1977, como repórter do "Diário de Montes Claros" e como locutor e repórter da Rádio Educadora. Posteriormente, foi apresentador dos jornais 'Aqui Agora' e 'Agora', da TV Alterosa, e, durante 2 anos, participou do 'Programa Sílvio Santos' entregando prêmios da Telesena. Atualmente, Laudívio é o apresentador do programa "Itatiaia Patrulha" das 17:05 às 17:55 e repórter policial da TV Bandeirantes Minas, no programa "Minas Urgente" a partir das 12:45.


Algumas perguntas feitas em off :


Flávia- Tem-se visto, nos últimos tempos, um grande aumento de violência contra as mulheres. Em sua opinião, qual o papel do jornalista perante tal situação?
Laudívio Carvalho- O jornalista tem o papel de cobrar das autoridades, mostrar os fatos que ocorrem. Tentar, através do microfone, conter tamanha violência.

Flávia- Por que você preferiu a rádio à televisão?
Laudívio Carvalho- O rádio tem magia. Na televisão, a imagem fala por si só; na rádio, seu único instrumento é a voz.


Frases marcantes ditas por Laudívio Carvalho durante a entrevista:


“Faço o que amo. Faço rádio.”

“É mais que paixão. É amor.”

“O salário não é alto, o ganha-pão vem da publicidade. Quanto maior a audiência do programa, maior será o número de anunciantes.”